“Hay que endurecerce, pero
sin perder la ternura jamás.”
(Che Guevara)
Madrugada
de quinta para sexta, estou eu aqui na frente do meu computador escrevendo este
texto. Sim, eu desonrei o meu compromisso de postar na quinta-feira. Para quem
me conhece bem, não existe coisa mais chata para mim que não cumprir com o que
eu falei ou prometi...sou uma mulher de palavra. Levo os meus compromissos bem
a sério, tanto que meu texto já estava pronto desde segunda. Mas, algo
aconteceu... a B., sabendo que eu sou partidária de um tópico polêmico, me
mandou ontem um texto. Li e achei bem sacal, mas meio que não
liguei. Até que no dia seguinte, o tal texto tinha virado um viral no facebook.
Várias amigas que são mulheres inteligentes, cultas, divertidas (gente fina
mesmo, sabe?) estavam compartilhando e achando isso tudo o máximo. Pensei
comigo...WTF? E exatamente nesse momento que o texto que escrevi anteriormente foi
“engavetado” e resolvi vir até aqui para perguntar... “O que está acontecendo
com as mulheres?”
O
texto foi escrito num dos blogs do Estadão, por uma mulher (não, não foi
por um homem!) e me soou tão estranho, com um discurso “feminista” (que na
verdade não é) que não me agrada nem um pouco. A autora fala de mulheres que, como ela, foram
criadas para serem tudo aquilo que um homem não quer, justamente por serem
independentes, bem sucedidas, autônomas, sem tempo para malhar por trabalharem
demais, com uma caixa de e-mails lotada e sem talento para os afazeres
domésticos. E justifica a sua dificuldade em arrumar um parceiro devido ao fato
de ser esse tipo de mulher. Sim, talvez seja mesmo, principalmente porque foi
um discurso tão “fodão” que me pareceu meio arrogante. Entretanto não creio que a
problemática seja o gênero, pois se eu conhecesse um homem assim, eu juro que
eu corria como o diabo foge da cruz.
Eu
acho que o buraco é mais embaixo, e eu juro que adoraria saber em qual momento
as mulheres passaram a adotar o discurso que ser mulher (mulher mesmo, mulherzinha) é feio, que gostar de
tudo que lembre aquela figura feminina anterior ao movimento feminista como
cozinhar, cuidar da casa ou até mesmo ser vaidosa seria algo menor. Me digam,
quando o feminino saiu de moda? Lembro de quando entrei no mercado de trabalho
e também fui para a área acadêmica fazer o meu mestrado, vivia recebendo
olhares com uma certa desaprovação por eu estar maquiada, bem arrumada, de unha
feita e ainda ter outros assuntos que não eram profissionais ou acadêmicos. Com
esses olhares, vinham comentários de outras mulheres, no estilo... “Eu sou tão
estudiosa que eu não tenho tempo para essas firulas”, ou “Eu sou competente
demais para me olhar no espelho antes de sair de casa e ver que a minha roupa
está vergonhosa para atender um paciente (Sim, mas gostaria só de lembrar que apresentação
no seu ambiente profissional também conta, tá?), ou até um "até parece que eu vou entrar numa cozinha para fazer algo para alguém". Reparei que muitas das
mulheres que chegam “no topo”, só o fazem porque “se fantasiam” de homem. O
ideal de mulher bem sucedida, a tal “fêmea fodona” ( do latim. Feminas
fodonis.), é a mulher dura, forte, prática, perfeccionista, rígida, ocupada ao
extremo e com características que são consideradas por essência masculinas. Me
atrevo a dizer, que mulheres na atual conjuntura ainda não sobem de cargo, na verdade, quem sobe
são os homens, pois se elas adotam uma imagem masculina, logo, elas são homens-de-saia.
Não há espaço de destaque para as “mulheres padrão” na sociedade.
Observo
em tudo isso, tanto no texto citado como nas minhas experiências pessoais, que
o universo feminino se divide em dois... ou você se torna uma mulher quase
homem ou você é a “mulherzinha submissa e frágil”. Ok, Eu não estou aqui para
responder o texto da blogueira ou dizer que ela é "isso ou aquilo", pois cada um tem a sua vivência, mas estou aqui
para pontuar a minha visão, que é aquela que tenta (pelo menos tenta) prezar
pelo equilíbrio. Mas não! Eu não me submeto a qualquer uma das duas possibilidades
apresentadas! Não quero ser a que não tem vida própria, contudo
não quero ser a outra que tem orgulho de não saber fazer nenhuma atividade doméstica. E cá entre nós, eu
não sou a mais “fofa” não, mas, eu não me encaixo no esteriótipo de fêmea
fodona, e nem pretendo! Me desculpem! Eu quero ser forte, mas sem perder a ternura jamais!
Quero ir fazer muay-thai e poder responder que a minha impressionante
flexibilidade que me faz dar chutes altos se dá por conta de anos de aulas de
dança, quero cozinhar bem pra caramba e ainda assim estudar, quero dirigir mal
(em 1 ano de carro já arranhei as duas laterais, posso?) e assistir UFC, quero ser
uma mãe nota 10...mostrar o Mundo para os meus filhos e também trabalhar e ter o
meu tempo, quero ver Sex and the City e poder confessar que eu adoro
Transformers (eu sei, isso é chocante!), e digo mais, se alguém me der um
liquidificador de presente não vou chorar, tá? Na verdade, eu vou amar! Mas me
dêem um daqueles importados lindos com copo de vidro que são quase um item de
design na cozinha. Adoro design, adoro coisas vintage. Tenho um mega orgulho da
minha batedeira kitchen aid vermelha, que eu trouxe de viagem. Quero tudo que é
o tal “feminino feio” sem vergonha e sem medo de ser “inferior”...quero
vaidade, maternidade, romance, barbies, saias e vestidos, um estojo cheio de
canetas coloridas, cremes, almoço com as amigas, revistas de fofoca, unhas pintadas de vermelho,
flores, chorar baldes assistindo “Diário de uma paixão”, poder ser carinhosa e
compreensiva, ter medo de barata e usar um avental lindo com estampas de
cupcakes. Não abro mão disso! Mas também não abro mão do profissionalismo, dos
filmes de ação, de beber tequila, de falar uns palavrões de vez em quando, de jogar video game, de gostar de certas "nerdisses" e de
ter um gosto musical meio "masculino". Certamente, a palavra chave é equilíbrio. Amigas,
tentar ser homem é desperdiçar a sua oportunidade de ser mulher.
Quanto
aos homens? Olha, eu nunca vi nenhum fazer esse tanto de exigência que a moça
do blog diz. Sempre fui de namorar, de ter relacionamentos longos e ninguém
nunca me pediu para não trabalhar, para lavar cuecas, para dar satisfação do
que eu comprei ou para não ser independente. Até porque o oposto de
independência é dependência, e ninguém (seja homem ou mulher) quer um ser chato, dependente e cheio de demandas do lado. Nunca ouvi nenhum homem falar que deseja uma mulher
submissa ou mandada. Mas, eu acho que eles querem mulheres, querem o que é
diferente, assim como nós queremos homens, e eu particularmente jamais gostaria
de um metrossexual ao meu lado. Você pode não precisar de um homem, e saber
fazer um monte de coisas tão bem quanto eles, mas não é legal quando fazem algo
por você? Qual o problema de alguém trocar o meu pneu? De cuidar do namorado
(marido e afins), quando ele está doente? De mimar o outro? De fazer um bolo?
Isso é ser submissa? (Só para constar, tem horas que a submissão tem graça.
Viu?) A graça não é a troca? Não é aprender e ser influenciado pelo outro,
independente do background de cada um? Sempre tem algo que o outro vai fazer
melhor que você. E não é legal trocar e aprender? Eu, particularmente, adoro! O cara não tem que ser o
C.E.O de uma empresa para ser apaixonante, aliás ele não "tem que" nada, mas pode te fascinar por
ter uma visão de Mundo interessante, por ter características próprias que te
atraem, pelo fato de você gostar de conversar com ele, ou por saber um monte de coisas que você adoraria aprender, porque o conceito de "pessoa ideal" é subjetivo e varia de pessoa para pessoa. Pode ser
foda em outros aspectos que são diferentes dos seus, e isso é a graça da
história. O cerne da relação não é a competição, é o intercâmbio! Uma vez li em
algum lugar que os melhores relacionamentos não são partidas de tênis, onde um
joga para o outro perder a bola, mas sim partidas de frescobol, em que quanto
mais o outro pega a bola mais divertido o jogo fica.
Meu
Deus! Como todos nós, digo homens e as próprias mulheres, não temos a mínima
noção da ideia de feminismo. Os homens acham que mulheres feministas vão jogar
na cara o fato de ganharem mais, de terem mais estudo, de terem sucesso, de serem independentes.
As mulheres por sua vez, adoram ser mimadas, protegidas e acreditam que
precisam de parceria no relacionamento, contanto que não sejam elas que estejam
“segurando a peteca”, e quando o fazem acham o cara um folgado, reclamam e dão
até umas indiretas. Querem ser entendidas, mas não querem entender. Querem ser
apoiadas, mas não querem apoiar. Quando eles compram algo é “nosso”, mas quando
elas compram é “meu”. Escolhe, pô! Ué? Cadê o discurso de parceria? Será que a
blogueira iria querer a tal parceria com um homem que não conseguiu manter o
padrão fodástico inatingível dela? Ou ela vai querer um cara para brincar de competir? Acredito que tem certas mulheres que não estão prontas para terem sucesso. Me desculpem queridas! Mas é verdade! Parece que passamos anos tendo direitos tolidos, e agora que temos a possibilidade de fazermos o que bem quisermos, resolvemos andar por aí gritando aos quatro ventos o quanto somos boazonas. Ou entramos na competição, e para isso criamos a exigência de fazermos tudo o que eles fazem, só que melhor! E isso vem a ser uma puta (precisei falar essa palavrinha mágica porque só exprime a magnitude do que quero falar!) escravidão. Continuamos presas, então? Tô fora, galera!
Então,
eu vou gastar um parágrafo explicando exatamente o que vem a ser o feminismo,
tá? Feminismo não é a expressão usada para designar a superioridade feminina, e
sim a igualdade dos sexos. Somos iguais! Vamos dividir tarefas, ganhar salários
semelhantes ao exercer a mesma função, vamos nos respeitar, ok? Tá vendo como é
simples! Então mulher, quando você fala que está “bancando” o marido que perdeu o emprego e está procurando por outro (Se fosse com você, podia né?), que tira onda que é executiva enquanto o parceiro é autônomo (não tem como comparar carreiras diferentes. Seria como comparar o planeta Marte com bolo de chocolate), ou acha que precisa de “privilégios” e faz o cara de "escravinho" por estar numa posição "superior" seja
socialmente, financeiramente, ou culturalmente do que ele, você está
sendo...machista! Só para avisar! Meninos, aquela imagem que te incutiram de
mulher histérica que queima sutiã e joga na sua cara que é mais esperta que você,
não é de uma mulher feminista...é de uma mulher machista! Adoramos sutiãs, de
preferencia bem bonitos que é para vocês gostarem também, tá? Uma mulher
feminista não pensa nada disso, muito pelo contrário. Elas acreditam que tudo
isso é muito natural, posto que somos iguais e temos os mesmos direitos. Não
importa quem ganha mais, quem faz o que, quem tem o maior QI, ou quem tem curso disso ou daquilo, até porque a vida é uma roda-gigante, um dia você está
por cima e no outro por baixo. E eu acho tão legal gostar de alguém
integralmente, porque é o pacote completo que se leva, não? Não existe outra
opção!
Eu
fui criada numa família com um pai que é militar, prático, mas fofo, vive me
pedindo carinho e é meio manteiga derretida. Quando eu era pequena ele cuidava
muito de mim, me deu muita mamadeira e me levava para passear para dar uma
“folga” para a minha mãe. Um avô que é estrangeiro, engenheiro, conserta tudo
em casa, mas também lava a louça, bota a mesa do café e chora quando escuta
certas músicas. A minha mãe é a típica dona de casa, optou por isso (sim,
podemos optar por sermos o que quisermos) e diz que ama cuidar do lar dela, é
muito boa em esportes, sabe trocar pneu e matou uma
cobra, no sítio em Petrópolis (eu tinha 7 anos e tirei muita onda no colégio!). Minha avó cozinhava e costurava super bem, mas era muito
boa na matemática (me ajudava nos deveres de casa), falava inglês, alemão, e um
pouco de francês e latim, era super inteligente, jogava tênis, dirigia, e
entendia tudo de política. Minha tia (a irmã do meu pai) tem um cargo bem
alto no seu trabalho, viaja o Brasil todo e às vezes vai para o exterior, é
bonitona, bem vaidosa, e é uma das pessoas mais doces do Mundo. Vocês precisam
ver como ela trata o meu tio, mesmo depois de estarem mais de 35 anos juntos! Minha madrasta é funcionária pública de um órgão do
governo bem importante e tem um cargo de chefia, mas é super feminina, faz uma
das melhores comidas do Mundo e é um amorzinho. Talvez, seja a partir dessas
minhas vivências, do meu background familiar que eu aprendi que dá para
conciliar. Dá para ser um mulherão e ao mesmo tempo ser meio moleque...dá sim!
E...tão lindo como uma mulher
“de verdade” com acertos e fraquezas, é um homem assim. O clichê de homem fodão também é um saco, né? Como eu adoro os
humanos... eu gosto dos caras fofos mesmo, dos sensíveis, dos sentimentais, dos
“normais”, dos que “pagam paixão”, dos que te olham com aquele olhar de menino
mesmo já sendo homens feitos, dos que são mais descolados e menos cheios de sí,
dos que nem são sarados mas são lindos na sua simplicidade, dos mais reservados
e tímidos, dos que não te levam para aqueles programinhas clichê tirando onda por terem conseguido uma reserva no restaurante da modinha, dos que
riem com você, dos que não são 100%, até porque eu mesma não sou 100%. Não pretendo ser a tal mulher fodona e nem acho legal um Zé fogão.
Sim, sou muito orgulhosa com meus feitos acadêmicos e profissionais, não minto sobre isso, até porque eu me acho o cavalo azarão do páreo, eu cheguei por insistência e sei que ninguém esperava muito de mim. Mas eles não me representam integralmente, eles só representam uma parte de mim, demonstram que eu me sacrifiquei (às vezes eu me pergunto, o porque), que eu tive interesse em saber mais porque eu sou curiosa e gosto do que eu faço, que eu precisei correr atrás do meu porque eu não ganhei nada dos meus pais, que eu fui testar meus limites como estudante (ainda faltam outros limites, esses não são os únicos!). Eu sou bem mais que isso! E isso me doeu no texto da blogueira, ela não falou de nenhum passatempo, da sua cor preferida, dos seus sonhos, suas manias, do que ela quer descobrir com a vida. Ela só me apresentou o seu curriculum (passa lá no RH, gata!) e uma série de feitos excepcionais. Me conta uma derrota, aí? E Deus! Como eu adooooro histórias diferentes. São as melhores, as mais engraçadas, as que rendem, são as que colocam seu pé no chão, que te situam no Mundo, e são as que mostram que apesar de tudo... você levou numa boa. Já contei que eu caí da cadeira no meio da aula de física, sendo que eu sentava na primeira fileira, quando eu fazia o terceiro ano? E que eu tive que sair da sala porque EU não parava de rir? Todo Mundo já tinha parado e eu continuei rindo de mim por uns 20 minutos! Que fui fazer pré-vestibular no pH e tinha um menino (não sei até hj quem era) que sempre escrevia recadinhos românticos na folha de chamada, que passava de mão em mão, e em toda aula o professor lia em voz alta os recadinhos e me chamava de musa, o que me fazia querer ser invisível? Que ontem eu botei fogo em um pano de prato e ele queimou todinho? Que minhas amigas me sacaneiam porque eu não sei assoviar e toda vez que toca uma música que tem assovio (tipo Patience do Guns) elas falam para eu dublar? Que a B. zoa o meu sotaque gaúcho (eu sou carioca, a minha mãe que é gaúcha) quando eu falo "tio"e "rio"? Que eu uma vez tomei um porre imenso num show que chovia horrores e me pegaram chorando com uma música do Skank (Eu odeio Skank! Só para constar... foi "dois rios") e até hoje eu nem sei porque? Que eu fiz muitas aulas de surf e a única coisa que ganhei com isso foi uma cicatriz no joelho? Ih...tem muita história! Numa boa, eu nem quero saber se a outra tem um curso de francês na Sorbonne (Parabéns!), se ela ganha rios de dinheiro, se ela é a pica das galáxias, mas antes de tudo eu quero saber quem ela é na fila do pão como pessoa, como ser humano. Nos relacionamos, de uma forma geral, com pessoas e não com objetos, títulos, dinheiro, sobrenomes.
A minha
grande conclusão nisso tudo é...Cada ser humano é um vasto universo de coisas.
Podemos ter vários lados, várias facetas, e sempre iremos aprender com os outros. E são essas variáveis que formam a combinação única que você é. Eu vou morrer, sabe? Você também! (E vocês irão me ver falar muito
sobre isso aqui!). E sabe o que vai sobrar disso tudo? Nada! Só vou levar
comigo o que eu vivi. Então, antes de tudo, desejo não me submeter a escolha de um padrão pré-estabelecido, de fazer o que eu gosto, me
cobrar menos, ser mulherzinha meeesmo (“e se isso for fraqueza, pois que seja
fraqueza então!”), de ter os meus momentos “Jorjão” (como no dia que enfiei a
porrada num moleque folgado na aula de muay-thai e depois enfiei o dedo no
rosto dele e disse que se ele fosse folgado mais uma vez, eu ia quebrar ele lá
fora! Foi beeem engraçado!), se ser alegre e leve mas ao mesmo tempo ter um lado triste, de aprender, de dividir, de construir um lar, der ter filhos gente boa, ver o Mundo com os meus olhos, de alcançar meus objetivos pessoais, de ajudar
as pessoas próximas a alcançarem os delas também, de jogar muita conversa fora,
de amar e ser amada, de eu mesma criar a fórmula, a tal receita, da minha vida.
Não, queridos, não vou seguir nenhuma receita pronta! Vou seguir os meus
instintos, vou sentir, vou respeitar o tempo (até porque para o inconsciente
ele não existe!) e ser...gente!
Para
a autora do blog e para as amigas que compartilharam fica a frase para reflexão... “Eu sou tão foda, mas tão foda, que acabo me fodendo com a minha
fodalidade”. Menos, meninas, bem menos... mais leveza! Muita calma nessa hora! Dá para ser tudo o que vocês querem, sem clichês, tá?
Vejo vocês em 7! A A. não vai poder "comparecer" na próxima quinta, então como tenho um texto pronto, vou postar!
Até lá!
C.